quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Fotos da Minha Vida - 2

Capítulo 2. Estou eu no meio de uma turma. Eram fisioterapeutas. Depois era uma turma de relaxamento corporal. Acabou sendo uma equipe de teatro. Este é o fim de uma das apresentações.




A Peça, escrita e dirigida por mim, que também atuei, era um musical, com deficientes mentais inclusos, que passava mensagens de superação, luta contra preconceito e rabiscava a real missão d eum fisioterapeuta.

Não sou fisioterapeuta. Fui adotado por esta turma, quase toda de mulheres, para que eu pudesse viver ao menos uma grande história nos meus tempos desempregados e solteiros de faculdade.

Eu queria ter cortado o cabelo. ter comprado uma calça preta menos apertada. A bata branca era emprestada. Não lembro mais o nome de mais da metade dessas pessoas. Nunca soube onde moravam, exceto tês ou quatro. E no entanto fui tão íntimo de cada uma delas que não posso nem medir.

Este era o desfecho. O desfecho de algo que nunca se repetiu. Foram 4 apresentações, mais 2 ensaios gerais, nesse mesmo dia. Saí rouco, fedido, e com a leve impressão de que nunca fui tão feliz por causa de uma realização própria.

Era um Leandro possível, esse do teatro. É um Leandro que sempre insinua-se para renascer. E de certo irá. Minha mãe sorria nesse dia de um jeito que não esqueço. Quero ver aquele sorriso de novo. São poucas as coisas que eu consigo proporcionar à ela.

E diante dessa foto e dessa lembrança, a verdade é que proporciono poucas coisas para mim mesmo. Depois dessas apresentações, o grupo se desfez. Minha única tatuagem nasceu em função disso. Uma lembrança para quando eu ficar velhinho e não lembrar mais tão claramente de cada ato.

Num tempo em que envelheço de forma tão acelerada, ver essa foto me deixa 5 minutos mais novo.

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